Mercado20 de fevereiro de 2019 Tempo de Leitura: 5 minutos

Como as Fintechs estão revolucionando o mercado de crédito

Por Murilo Bássora

Fintechs, conheça e saiba cmo estão revolucionando o mercado financeiro

ÍNDICE

O crédito é um recurso valioso para investir no crescimento do negócio. Os grandes bancos eram o centro da busca por capital. Mas com a entrada de fintechs no mercado, esse cenário mudou. Saiba mais sobre essa revolução!

Fintechs (financial technology) são startups que lançam mão da tecnologia para aprimorar operações financeiras. Segundo um levantamento feito pela Inside Fintech,  já são 1.264 fintechs atuando no Brasil. Com isso, a forma como essas empresas se relacionam no mercado também foi mudando. Diferentemente de instituições financeiras tradicionais, essas startups têm desburocratizado o setor e facilitado o acesso a linhas de crédito de modo ágil e inovador.

Mas qual o impacto dessas fintechs no mercado financeiro e como isso muda o comportamento dos usuários? É sobre isso que falaremos neste artigo!

Como anda o mercado de crédito no Brasil?

De acordo com análises do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de consultorias brasileiras, nossa economia deverá crescer entre 0,8% e 1,9% em 2022

E segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) o PIB espera uma expansão em torno de 1,1%. Nesse cenário, o Ipea considerou que a taxa de juros (Selic), que hoje está em 11,75%, deverá ser gradualmente reduzida a partir do início de 2023 e fechar o ano em torno de 9%.

Isso tende a fortalecer o mercado de crédito no Brasil em 2023, de modo que a expectativa é um crescimento maior do que o dos últimos 2 anos, levando em consideração que tivemos uma recessão por conta das restrições da COVID 19.

O crescimento do número de Fintechs foi rápido, e influenciado por novas regulamentações somente entre 2014 e 2018 surgiram 503 fintechs e hoje, só entre dezembro de 2020 a dezembro de 2021 surgiram 424 novas startups do setor financeiro. Já são 1.264 fintechs atuando no Brasil, segundo dados do estudo Inside Fintech da consultoria de inovação aberta Distrito. Com isso, a forma como essas empresas se relacionam no mercado também foi mudando.

Os dados divulgados pelo Banco Central sobre o saldo de operações de crédito do sistema financeiro nacional (SFN) também são animadoras. O saldo de R$4,7 trilhões em janeiro de 2022 permanece estável.  Por segmento, o saldo do crédito para as empresas é de R$1,9 trilhão, enquanto para as famílias é de R$2,7 trilhões. Na comparação interanual, o crédito total avançou 16,4% em janeiro. De forma diversa, o crédito às pessoas físicas manteve-se em aceleração, com alta de 21,5% nos doze meses, comparativamente a 21% em dezembro de 2021.

Apesar desse cenário promissor, algumas características do mercado de crédito no país ainda representam um entrave nas taxas e valores praticados. Por exemplo, segundo os últimos Relatórios de Estabilidade Financeira divulgados pelo Banco Central, cerca de 80% das operações de crédito no Brasil se concentram nas mãos de apenas 5 bancos.

Esse é um dos elementos que contribuem para que o spread bancário no país — diferença entre os juros cobrados dos usuários e os rendimentos dados a clientes investidores — seja um dos mais elevados do mundo.

Felizmente, as fintechs têm inserido no mercado diversas soluções em serviços financeiros que têm revolucionado a forma de lidar com o crédito. Nos últimos anos, elas passaram por um crescimento exponencial, trazendo benefícios não só para os usuários como também para o mercado.

Que inovações já podemos observar?

Com a resolução n.º 4.656/2018, o conceito de intermediação financeira foi modernizado, uma vez que em esses novos modelos não farão uma intermediação tradicional (tomando recursos e repassando). Criaram-se duas modalidades de instituições financeiras por meio das quais créditos podem ser fornecidos: a SCD e a SEP, modelos que serão adotadas pelas fintechs.

A Sociedade de Crédito Direto (SCD) utiliza somente recursos próprios para conceder dinheiro, responsabilizando-se pela inadimplência do tomador. Já a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) intermedia operações de crédito entre credores e devedores, não assumindo os riscos da inadimplência.

Dessa forma, os bancos deixam de ser o centro da oferta e busca por crédito. Surgem no mercado novas modalidades de concessão de capital, muitas delas usando plataformas digitais para gerenciar todos os processos, como as fintechs.

A resolução 4.656/2018 é fruto de uma série de medidas motivadas pela Agenda BC+, que busca revisar aspectos estruturais do Banco Central e do Sistema Financeiro Nacional (SFN) a fim de, entre outros objetivos, reduzir o custo do crédito e aumentar a flexibilidade e a competitividade na concessão de capital.

Essas inovações permitem que os juros bancários caiam, aumentando a oferta de empréstimos e financiamentos com taxas abaixo das tradicionalmente praticadas.

Qual o impacto das fintechs no mercado de crédito?

A nova legislação intensificou a atuação de fintechs que oferecem uma ampla variedade de serviços relativos ao crédito, tanto para pessoas jurídicas, quanto para pessoas físicas.

As fintechs encontram as dificuldades nos serviços prestados pelos bancos tradicionais e oferecem as soluções, que atraem a atenção e atendem às necessidades dos clientes. Entre esses benefícios, menores taxas de juros é uma prática que deve ser destacada. 

Portanto, as fintechs são responsáveis por uma grande revolução, com uso da transformação digital. Baseadas em tecnologia, elas conseguem oferecer serviços com custo menor e melhores experiências a seus clientes, competindo diretamente com as instituições bancárias tradicionais.

Embora muitos desses serviços não sejam diferentes daqueles já conhecidos em instituições financeiras tradicionais, como cartões de crédito, financiamentos e seguros, a infraestrutura de operações dessas startups é mais enxuta, simples e desburocratizada, atingindo em cheio quem deseja maior simplicidade ao lidar com o dinheiro.

Assim, um dos principais impactos gerados por essas fintechs está na experiência do usuário, que ganha maior autonomia no gerenciamento do seu crédito, sem precisar enfrentar filas, enviar inúmeros documentos ou prestar contas sobre cada detalhe da sua vida financeira.

Como o comportamento do consumidor mudou?

Essas inovações vêm a calhar com o aumento da representatividade da geração Y no mercado. Esses jovens, nascidos entre a década de 80 e os anos 2000 cresceram em um período de grande expansão tecnológica, imersos em um mundo digital.

Dessa forma, buscam maior liberdade e facilidade no gerenciamento das suas finanças. Trata-se de uma geração já incomodada com padrões tradicionais mais rígidos e que vê nas novas tecnologias a solução para diversos entraves nos processos morosos dos grandes bancos.

As fintechs acompanham essa evolução e trazem soluções que atendem às necessidades desse grupo, que tem uma presença cada vez mais marcante no mercado.

No entanto, as modificações no perfil de consumo não ficaram restritas à geração Y. Uma pesquisa dirigida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 72% dos brasileiros repensaram a forma como lidam com suas finanças em decorrência da crise econômica que acometeu o país entre 2014 e 2017.

Ainda segundo o relatório, 55% têm evitado comprar itens supérfluos, concentrando-se naquilo que é prioritário. Já 43% decidiram evitar parcelamentos muito longos. Essas atitudes mostram que o consumidor está mais cuidadoso quando o assunto é crédito.

Não podemos deixar de falar sobre a representatividade da geração Z, nascidos de 2005 e  2015, que na Bolsa de Valores brasileira, tem sido expressiva. De acordo com a B3, a entrada de investidores dessa faixa etária aumentou 47,5% de janeiro de 2020 até o terceiro trimestre de 2021. O percentual é mais do que o dobro da alta registrada na geração Y, que teve um acréscimo de 20,6% no mesmo período.

Por esse mesmo motivo, ele pesquisa mais e não aceita tão facilmente as imposições que os grandes bancos fazem em relação a taxas de juros ou tarifas desnecessárias. A ideia do consumidor brasileiro é economizar e buscar serviços financeiros mais interessantes.

Nesse cenário, surgem fintechs, como a Nexoos, que facilita o acesso a crédito a empresas em busca de dinheiro para investir no crescimento do negócio. Para isso, a startup conecta empreendimentos de pequeno e médio portes a investidores em potencial.

O grande trunfo da Nexoos é fornecer empréstimos com uma taxa de juros bem menor do que as ofertadas pelos bancos tradicionais. Ela usa inteligência artificial (AI) para fazer uma análise de crédito digital — um sistema responsável por mais de 90% do processo de avaliação.

Não há dúvida de que a revolução gerada pelas fintechs será um fenômeno cada vez maior e causará ainda mais impactos no mercado de crédito não só no Brasil, mas no mundo inteiro. E o melhor é que todos os brasileiros podem se beneficiar dessa revolução.

Quer conhecer mais sobre a solução de empréstimo da Nexoos? Acesse já nosso site!

Murilo Bássora

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