Investimentos17 de outubro de 2018 Tempo de Leitura: 5 minutos

Aprenda 4 vantagens da alocação de ativos para a sua estratégia

Por Murilo Bássora

ÍNDICE

A alocação de ativos é uma metodologia que busca administrar o capital, aplicando-o em investimentos distintos, em busca do melhor custo-benefício. Sua prática é simples: ela consiste em realizar aportes em ativos diferentes, de modo que, se algum deles entregar resultados negativos, esse fato pode ser compensado pelo desempenho dos outros.

Fazendo uso da estratégia, o investidor tem a possibilidade de otimizar seus recursos, aumentando as chances de que apresentem lucros. A alocação de ativos ainda reduz os riscos, pois possíveis perdas tendem a diminuir, ou até mesmo desaparecer, frente à lucratividade das demais aplicações.

Gostaria de entender melhor como a alocação de ativos funciona? Continue a leitura deste artigo e conheça 4 vantagens que ela oferece!

Vantagens da alocação de recursos

1. Redução de riscos

A primeira — e provavelmente mais óbvia — vantagem oferecida pela alocação de ativos é a redução de riscos. Uma vez que o investidor faça aportes em aplicações distintas, possíveis prejuízos tendem a ser compensados pela rentabilidade entregue pelas demais aplicações.

Por exemplo: ao investir em um grupo de ações, se uma delas entregar um desempenho negativo ou abaixo do esperado, a valorização dos ativos restantes tende a superar esse problema. Também é possível que o investidor divida seu capital em aplicações de renda fixa e variável, protegendo-se contra possíveis oscilações de mercado.

2. Redução de custos

Como uma enorme parcela dos custos do investidor está atrelada às taxas cobradas por corretoras de valores e bancos, criar uma carteira sólida de investimentos, que não exige um grande volume de operações, reduz de forma significativa esses gatos.

Atualmente, boa parte das corretoras não cobra taxa para aplicações em títulos do Tesouro Direto. Pesquisando com cuidado, o investidor também tem a oportunidade de encontrar taxas de corretagem bem convidativas.

3. Otimização de tempo

Uma vez que a alocação de ativos visa criar uma carteira segura e rentável por meio da diversificação de investimentos, o investidor não precisa passar o dia inteiro na frente do computador seguindo cada movimento do mercado, e tem a prerrogativa de acompanhar o desempenho da carteira em períodos previamente determinados de tempo.

Caso o investidor passe tempo demais acompanhando gráficos — principalmente se for um iniciante —, ele pode sentir ansiedade ao observar a variação de preços e realizar operações que não fazem sentido, tendo prejuízos.

É possível dizer que a alocação de ativos também contribui para que o investidor conquiste mais controle emocional e se torne mais disciplinado para seguir a estratégia de investimentos determinada.

4. Facilidade de planejar para longo prazo

O controle emocional e a disciplina que o investidor adquiriu são fundamentais para que ele consiga superar as inquietações causadas por oscilações nas suas aplicações e, assim, seguir uma estratégia de longo prazo.

Existem momentos em que ele deverá fazer modificações na sua carteira de ativos, mas esses ajustes devem ser feitos com base em estratégias ponderadas, e não em movimentos curtos de mercado.

A alocação de ativos, que visa tanto a redução de riscos e custos quanto o aumento da rentabilidade, fornece os fundamentos necessários para que o investidor alcance esse objetivo e consiga se planejar para o longo prazo, realizando de forma correta os ajustes que forem necessários.

Principais estratégias para a alocação de ativos

Existem diversas maneiras para realizar a alocação de ativos. Continue lendo e conheça suas principais modalidades.

Alocação estratégica

A alocação estratégica de ativos consiste em realizar aportes em determinadas aplicações ao longo do tempo, de forma constante e sem realizar qualquer alteração, em busca de uma expectativa de retorno.

Digamos que depois de pesquisar o histórico de aplicações, o investidor apure que a renda fixa costuma render 10% ao ano, e a variável 20%. Ao aplicar a alocação estratégica, ele poderia dividir igualmente seu capital entre as duas aplicações e, ao longo do tempo, receber um percentual médio de aproximadamente 15% de retorno ao ano.

Uma vez que a estratégia não sofre mudanças, uma desvalorização em ativos de renda fixa (como ações) no curto prazo não abre espaço para alterações em sua carteira de investimentos.

Alocação de ponderação constante

A alocação de ponderação constante é semelhante à estratégica, a única diferença é que, conforte o preço dos ativos de renda variável oscila, ela realiza pequenos ajustes na sua carteira, sempre com o objetivo de manter a proporção original.

Isso ocorre para que tanto os ativos de renda fixa quanto os de renda variável continuem a respeitar sua proporção inicial — seguindo o exemplo anterior, 50% da carteira cada um.

Alocação tática

Diferentemente das estratégias citadas anteriormente, a alocação tática permite que pequenas alterações de curto prazo sejam feitas na carteira caso o investidor encontre oportunidades interessantes.

É importante citar que essa estratégia oferece mais riscos, por isso é indicada para investidores com mais experiência, capazes de analisar tanto o retorno da operação quanto o tempo que ela deve ser realizada.

Alocação dinâmica

Considerada a estratégia mais ativa de alocação, a alocação dinâmica exige que o investidor realize alterações constantes na sua carteira, de acordo com a visão que tem sobre o mercado e suas perspectivas.

Se ele acreditar que a bolsa vai apresentar bons resultados, por exemplo, deve aumentar seus aportes nessa aplicação. Agora, caso o investidor acredite que ela apresentará desempenho ruim, deve buscar aplicações que protejam seu capital.

Alocação segurada

Indicada para investidores de perfil mais conservador, a alocação segurada estipula um limite máximo de prejuízo. Caso a carteira o atinja, ele precisa encerrar suas posições e alocar todos os recursos em aplicações seguras, como títulos públicos.

Alocação integrada

A alocação integrada de ativos considera tanto o retorno esperado dos ativos — como as estratégias anteriores — quanto o risco em que cada um deles está envolvido.

Ela procura combinar algumas das estratégias anteriormente mostradas, de acordo com os objetivos e o perfil do investidor, para criar uma carteira que atenda às suas necessidades de forma mais fiel. É importante, porém, que as estratégias aplicadas não tenham metodologias opostas, como a alocação de ponderação constante e a dinâmica.

Um meio de alcançar o objetivo principal da alocação de ativos, e reduzir riscos e custos em busca de uma rentabilidade mais expressiva é diversificar os aportes entre ativos de renda fixa e variável. Tomando essa atitude, o investidor conta com a segurança de um retorno garantido combinada com o potencial de uma rentabilidade maior.

Quando falamos de renda fixa, provavelmente a aplicação mais segura disponível no mercado são os títulos públicos do Tesouro Direto.

O avanço da tecnologia trouxe uma opção interessante de investimento em renda variável. Atualmente, por meio plataformas digitais, investidores têm a oportunidade de disponibilizar empréstimos, de forma legal e segura, para pequenas e médias empresas. O retorno médio da operação costuma ser de 17% ao ano.

Essa modalidade de crédito segue um modelo peer-to-peer (pessoa para pessoa), e as plataformas geralmente atuam fazendo a ligação entre empresários e investidores. Entre suas atribuições encontra-se a elaboração de relatórios — sobre as diversas empresas cadastradas no seu sistema — para que os investidores possam avaliar as melhores opções disponíveis e decidir quais empresas atendem aos requisitos para receber aportes.

As principais vantagens dessa nova modalidade de investimento são a acessibilidade, a não exigência de aportes iniciais elevados e a rentabilidade, pois a margem de lucro mensal é alta, superior até mesmo a outras opções de renda variável.

Considerando o objetivo da alocação de ativos, dedicar parte dos seus recursos para fornecer crédito peer-to-peer pode ser uma maneira eficiente de aumentar a diversificação de carteira e otimizar resultados. Gostaria de se informar melhor a respeito do assunto? Acesse o site da Nexos e confira conteúdos de qualidade sobre o tema!

Murilo Bássora

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