Empreendedorismo18 de julho de 2018 Tempo de Leitura: 4 minutos

Peer to peer ou empréstimo bancário? Descubra qual a melhor opção!

Por Murilo Bássora

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Com os bancos cada vez mais exigentes, conseguir crédito para manter a empresa operando tem sido uma tarefa difícil para os pequenos e médios empreendedores. Em momentos como este, inovações como o crédito coletivo têm se mostrado uma boa opção.

Por não entender como essa nova modalidade de financiamento funciona, você tem dúvidas para escolher entre peer to peer ou empréstimo bancário?

Então, continue a leitura e descubra qual é a melhor opção de financiamento para a sua empresa!

Você sabe o que significa peer to peer (P2P)?

Peer to peer, usualmente abreviado como P2P, nada mais é do que uma operação de crédito entre duas pessoas, sem a necessidade de um intermediário — como bancos ou instituições financeiras. Toda a transação é feita pela internet, por meio de uma plataforma digital, de forma prática e segura.

Essa nova modalidade de crédito, que evita mediadores — que costumam cobrar pela tarefa — e conecta pessoas interessadas em receber crédito às pessoas que estão dispostas a fornecê-lo, também é conhecida como empréstimo coletivo (ou colaborativo).

Como o P2P funciona, na prática?

Antes de solicitar o crédito, é necessário se cadastrar em uma plataforma peer to peer e, então, enviar a documentação exigida para que uma análise de crédito seja feita.

Esse processo é necessário para garantir que a empresa tenha condições de arcar com seus débitos, além de ajudar a manter baixa a inadimplência na plataforma — o que, por sua vez, atrai mais investidores e aumenta o fluxo crédito disponível.

A análise de crédito é rápida. Depois que ela é feita, a plataforma elabora um relatório sobre a empresa e o envia, junto à proposta de empréstimo, para os investidores. Cabe a cada investidor analisar esses relatórios e decidir, com base neles, onde alocar seus recursos.

Assim que o montante necessário para o empréstimo é arrecadado, ele é depositado em uma conta cadastrada pela empresa no momento de inscrição na plataforma.

Para quem essa modalidade de crédito é indicada?

Qualquer pessoa ou empresa pode se cadastrar em uma plataforma de empréstimos peer to peer e enviar a documentação para que seja analisada.

Essa opção é ainda mais vantajosa para pequenos e médios empreendedores, que geralmente sofrem para se adequar aos critérios que um banco exige para disponibilizar crédito. Do mesmo modo, é uma opção interessante para pessoas que pretendem adquirir um novo empréstimo, com boas condições para renegociar dívidas antigas.

Também é possível se cadastrar na plataforma como um investidor e, em vez de pegar empréstimos, fornecê-los.

Quais são as principais vantagens?

Entre as principais vantagens do crédito colaborativo, podemos citar os juros reduzidos e uma menor burocracia na concessão de empréstimos.

Como a operação é feita diretamente entre o empreendedor e o investidor, a taxa de juros cobrada é muito mais baixa do que a oferecida por instituições financeiras, que lucram com a mediação. Além disso, o peer to peer é menos burocrático e exigente, o que se traduz em um crédito mais rápido e acessível para o empreendedor.

Quais são os riscos do P2P?

Basicamente, o único risco em um empréstimo peer to peer é a inadimplência. Por isso, é recomendado que o investidor estude bem os relatórios fornecidos pela plataforma e saiba como alocar seus recursos.

O que é o empréstimo bancário?

Para que você possa decidir qual modelo atende melhor às suas necessidades, peer to peer ou empréstimo convencional, continue lendo e conheça um pouco mais a respeito do crédito oferecido por bancos.

Em teoria, pegar um empréstimo bancário é simples. Basta se dirigir ao banco, conversar com o gerente, descobrir as exigências da instituição e cumprir cada uma delas. A questão é que nem sempre a prática funciona tão bem quanto a teoria.

Um detalhe que muitas vezes é deixado de lado, e que faz toda a diferença, é o fato de que os bancos atuam como intermediários para o crédito. Toda vez que uma pessoa faz um depósito em uma conta, ou investe em algum ativo financeiro que a instituição oferece, a instituição usa parte do dinheiro arrecadado para seus investimentos — entre eles, o crédito.

Por tanto, quando você faz um empréstimo com um banco, na verdade está recebendo o dinheiro de uma outra pessoa, que também o “emprestou” à instituição. Como o banco precisa arcar com o “crédito” que pegou, independente da adimplência ou inadimplência de seus clientes, ele faz exigências para garantir que a empresa, ou pessoa, que recebeu o empréstimo tenha condições de arcar com a dívida.

Entre as exigências feitas pelos bancos, podemos citar:

  • colaterais (garantias formais de pagamento);
  • plano de negócios da empresa;
  • histórico completo de crédito;
  • registro de operações financeiras;
  • histórico tributário da empresa;
  • seguro (de vida, em nome dos proprietários da empresa, ou de algum bem que sirva como garantia para o empréstimo).

Além disso, os possíveis prejuízos causados por calotes são levados em consideração pelos bancos quando calculam suas taxas de juros, o que é um dos fatores que as tornam tão elevadas.

Peer to peer ou empréstimo bancário?

Mesmo que o crédito fornecido por bancos seja considerado o mais tradicional do mercado e siga um modelo que perdurou por séculos, quando o comparamos com o peer to peer, é fácil perceber que ele fica em desvantagem.

Embora as exigências feitas por essas instituições para fornecer crédito sejam importantes para que elas se mantenham financeiramente saudáveis, é inegável que tais exigências acabam por se tornar uma barreira que impede o pequeno empresário de receber os aportes que necessita.

O peer to peer surgiu como uma solução para esse problema. Oferecendo um crédito barato e acessível, ele prova ser a melhor opção para que os pequenos empreendedores consigam financiamento para ampliar e manter suas empresas. E, conforme se torna mais conhecida, essa nova forma de crédito tende a ganhar ainda mais espaço, deixando para trás os bancos e suas maneiras de fazer negócios.

Quer saber mais a respeito do crédito colaborativo e do P2P? Ainda não se decidiu entre peer to peer ou empréstimo bancário? Então, entre em contato conosco e converse com um de nossos atendentes.

Murilo Bássora

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